quinta-feira, 11 de março de 2010

Feia


“Wabi-sabi, cara. É algo como: dê boas-vindas à imperfeição.
É a arte japonesa da impermanência. Wabi-sabi é otimista. É ver beleza onde pessoas menos criativas enxergam defeitos. É a aceitação da transitoriedade.
Wabi-sabi cultiva tudo que é autêntico ao reconhecer três realidades simples: nada dura, nada é completo: nada é perfeito”


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Boa desculpa!

Mas quem falou em desculpas dessa vez?

Ando tão feia, tão incompleta, tão imperfeita, tão insatisfeita, que nem os textos estão merecendo aparecer por aqui. Mas eu não vou mais me desculpar, nem pra Deus, nem pros Santos, Anjos, e nem mais ninguém. Vou ser a errada agora, e vou me ver a torta agora, e vou ser a feia, a má, a vilã, a vadia, agora, somente agora, e por um mero louco instante. Porque comigo sempre foi 8 ou 80, se é pra melar, que seja logo de corpo inteiro. Então hoje não batam na minha porta, não me segurem pelo braço, não interrompam minha loucura, deixe que ela tome conta de cada um dos meus poros, bem feia e toda minha. Para que eu bata no chão, preciso ter tocado o topo, para que eu toque no topo, preciso ter partido do chão. Com licença.

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Traduzindo a foto: "Existe uma rachadura em tudo. E é assim que a luz consegue entrar”.

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