segunda-feira, 5 de julho de 2010

índio alado


"Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi."

(Índios - Legião Urbana)


*

Eu quis o perigo e até sonhei sozinha, sangrei sozinha, voei sozinha. E a cura pro meu vício de insistir talvez ainda não exista, mas se existir, deve estar com você. Eu te pediria uma poção mágica dessas que acalma os ânimos de mais querer, e mais querer, e mais querer. Mas enquanto eu não te encontrar em alguma esquina de vida, vou sentindo essa saudade de tudo que ainda não vi, um dia talvez eu te conte, você vai rir, e quando a gente ri é porque se identifica, você entende. O que alguns não entendem é dessa saudade de futuro, desse gosto na boca, de um 'sei lá o quê' preso na gente assim, que quando tenta se explicar se embola em palavras porque é difícil de dizer e tão fácil de sentir. Aí é que está a graça. No mistério de um sentimento genuinamente próprio e dono de si. Então fica combinado assim, se você não tiver a cura, será que ao menos teria a mesma mochila pra se juntar a mim?

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