sexta-feira, 4 de junho de 2010

Tardezinha


Viveria dias assim, por decisão própria. Sem muito, com aquela sensação boa, aquilo que te bastava e que era tão calmo. O sol era um presente, o morno te acolhia e te inspirava, te trazia versos fluindo em escrita onipresente. Era tão simples ser feliz! Era um conforto ser quem era, se assumir quem era, e dar as costas ao que te criticava, ao que te pinicava como um corte na alma. Sentia-se leve e sentia-se sem promessas nos bolsos, e isso te tornava ainda mais leve. Sentia-se acompanhada por um aroma de flor, uma coisa assim suave que sabe-se lá como, a tornava mais serena, menos misturada com tanto barulho que vem lá de fora. Ao certo, nesse momento, nem sabia o que vinha lá de fora, quando aqui dentro havia tanta paz sem pressa de acabar.

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