segunda-feira, 12 de abril de 2010

De lua e estrela



"Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol no céu da cidade
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando
Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade
Quem é você? qual o seu nome?
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo..."
(Caetano Veloso)


*

Menina do anel de quem o deu, menina de lua e da estrela que brilha por ela. Tudo que pisca ou brilha, e que convida. Tudo que toca, transborda, e instiga. Tudo que soa, e sons são seus aliados. Tudo que se guarda em cheiros e risadas repetidas, e se se repete é porque foi resgatado. Menina de resgates, de não deixar ir. Menina de sonhos e desejos irrealizados, pelo prazer de criar novas vontades sempre. Menina de portas, de janelas, de estradas. Menina de idas, despedidas, voltas, revoltas. De água, de fogo, de céu e inferno. De terra, de vento, de lua e de estrelas. De Marte, de Vênus, de Júpiter, dos anéis de Saturno. De dia, da noite, de começos e nunca de finais. Final, so se for da tarde. Desse, se lambuza. Luz do sol é o poder da menina. Não foi à tóa que nasceu na Bahia. E se "toda menina baiana tem um encanto que Deus dá", deve vir de sua estrela, da lua, do céu e do mar. Não é qualquer uma que nasce filha de Yemanjá.

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